Ao trazer o seu próprio sentido de realismo - e ao incorporar as abordagens dos cineastas que o precederam, Chris Columbus, Alfonso Cuaron e Mike Newell - Yates sentou-se de vez na cadeira de realizador de "Harry Potter" e rendeu à série, as melhores críticas.
"Para mim, ainda é uma surpresa, ainda é difícil acreditar. Estou muito feliz com o que estou a realizar. Eu divirto-me e tenho muito orgulho deste trabalho."
Envolvido com a série, ele aponta o terceiro filme, "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban", como o momento de mudança pois até aquele momento, "Harry Potter" era considerado infantil. Foi a partir da direcção de Cuaron que a série ganhou realismo e um tom mais sombrio. Quanto à sua entrada nos filmes de Harry Potter, ele diz:
"Eu fui o pior nos testes e entrevistas. No meio da conversa eu disse aos produtores: 'vou parar por aqui, não está a funcionar, a minha apresentação está horrível. Foi um prazer conhecer-los, adeus.' E fui embora."
Yates venceu a disputa pela vaga, apesar de ter decepcionado na sua apresentação. O protagonista Daniel Radcliffe, brinca: "Não há nada dele que diga: sou o poderoso criador desse filme". O produtor da série também elogia Yates pelo seu talento e humor verdadeiro:
"Ele procura os momentos verdadeiros e a realidade das situações".
A sua entusiasmo com as histórias de Harry Potter também contou para que David Yates se firmasse como principal realizador da saga. Heyman lembra que ele foi o único que disse sim ao ser convidado para continuar na série. Todos os outros rejeitaram, quando questionados para continuar a realizar o seguinte filme
Yates reconhece que deixou sua marca nos filmes de Harry Potter que dirigiu , mas faz questão de dizer que ele é:
"apenas uma pequena parte de um aparato gigantesco. Estes filmes são maiores do que qualquer um, maiores que o produtor, maiores que o argumentista. Mas estou totalmente tranquilo em relação a isso".
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